terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nosso adeus a um lutador


Com grande pesar, vimos a público prestar nossas homenagens a José Alexandre dos Santos, estudante da Universidade Estadual de Alagoas, Campus I, aluno do 2º Período de História e militante da União da Juventude Socialista (UJS) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Em sua jornada sempre demonstrou ser um grande humano, amigo e lutador das causas populares, sua dedicação e disciplina foi e continua sendo um grande exemplo, não só para os comunistas, mas para todos que sonham e lutam por um Brasil soberano.

 Recentemente participou do 52° Congresso da UNE, e dois dias antes da fatalidade deste domingo (28/08) que lhe tirou a vida, ele participava da Conferência do PCdoB de Arapiraca, na qual fora eleito delegado para Conferência Estadual.

Prestamos nossa solidariedade à família deste grande jovem. Sabemos que a dor que nos abate neste momento difícil será superada pela disposição de mudar o mundo, marca sempre presente em nosso camarada que tanto nos ensinou.

Deixamos nossos abraços e saudades eternas ao camarada, amigo e revolucionário que nunca se negou a sonhar e nem tão pouco a lutar por seus sonhos.

Viva Alexandre!

Viva o Alê!

Direção Estadual da UJS-AL
quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Palmeira dos Índios: Presidente do PCdoB representa prefeito por nepotismo e pede a apuração do MP

Vladmir Barros - Presidente do PCdoB em Palmeira

Por Roberto Baía no Jornal Tribuna do Sertão

Um escândalo oficializado. Trata-se de uma denúncia do maior caso de nepotismo de Alagoas. O município é Palmeira dos Índios. É que através do Portal da Transparência do município, a prefeitura foi obrigada a publicar, através de uma decisão judicial, as despesas e receitas da administração municipal. No portal se vê nomes de dezenas de familiares do prefeito James Ribeiro e de secretários, a maioria na lista de despesas do erário, através de contratos de prestação de serviços por tempo determinado. Alguns deles recebem quantias vultosas, para um município que vive em petição de miséria. No município é o irmão do prefeito James Ribeiro, Lucas Monteiro, que toma conta da chave dos cofres da municipalidade, como secretário de finanças, facilitando dessa forma o acesso da parentada. Além do irmão, o cunhado Aurélio Mozart Brasileiro é o chefe da SMTT na cidade, cuidando dos recursos advindos do trânsito.

Entretanto, a lista disponível no Portal da Transparência e que a cidade toda comenta é mais surpreendente. Ela revelou ainda nomes de diversos familiares de secretários contratados pela gestão de James Ribeiro, comprovando denúncias veiculadas na imprensa ano passado.

Na cidade comentam-se sobre supostas irregularidades na execução de obras, licitações e contratação de empresas de outras cidades e estados. Contudo, o que ficou mais explícito com a publicação do Portal foi as contratações de pessoas ligadas ao prefeito, secretários e vereadores.

A população – de mãos atadas – assiste atônita, o sangramento do erário, sem que os representantes do legislativo tomem providências e  ficam sem ter a quem recorrer, pois os “fiscais da lei” estão ao lado de quem lhes oferece um favor  ou emprego.

Familiares de vereadores também participam de gestão. Porém o mais grave também foi revelado no Portal da Transparência de Palmeira dos Índios. Os vereadores da cidade estão ligados através de contratos para familiares com o prefeito (ele tem o apoio dos 10 vereadores existentes). É o chamado “nepotismo cruzado”, aquele em que membros de um poder (legislativo) empregam parentes em comum acordo noutro poder (executivo). A prática desse tipo de nepotismo compromete a atuação do vereador que em troca de um emprego ou um contrato de prestação de serviço para um parente, “vende” seu apoio incondicional ao chefe do executivo.

Em Palmeira dos Índios, maridos e esposas de vereadores estão contratados com salários polpudos. Outros vereadores empregam ainda noras, sobrinhos e alguns deles firmam contratos com empresas de parentes para tentar driblar o chamado nepotismo.

Para quem deseja ter acesso ao Portal da Transparência Pública de Palmeira dos Índios basta acessar o endereço  http://186.235.138.25/transparência e digitar no link “fornecedor” os sobrenomes famosos dos  familiares dos vereadores e do prefeito James Ribeiro.

Denúncia

Mas o que estava escancarado poderá ser coibido em breve. Num ato pleno de cidadania, o presidente do PCdoB Vladimir Barros entrou na sexta-feira, 19, com uma representação no Ministério Público para que o parquet estadual apure o que está exposto no Portal da  Transparência.

O presidente do partido, que é advogado, expôs que situação semelhante já aconteceu no município de Tocantinópolis e todos os vereadores envolvidos e o prefeito foram  afastados do cargo. Cópia da representação também foi enviada ao Procurador Geral de Justiça Eduardo Tavares.

“Agora é com o Ministério Público. Quem estiver errado que pague pelos seus erros”, frisou o advogado Vladimir Barros.

Fonte: Tribuna do Sertão

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O engraçado é que a página do portal da transparência da cidade ficou "fora do ar", quer dizer, isso não tem nada de engraçado.
terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dyneas Aguiar fala sobre seu início de militância no movimento secundarista


Segundo semestre de anos impares sempre são marcados no Movimento Estudantil pelo congresso da gloriosa União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a UBES. Para impulsionar a mobilização deste grande evento segue uma sensacional entrevista com o histórico militante e dirigente comunista Dyneas Aguiar sobre seu inicio de militância no movimento secundarista.


Guerra à Líbia revela a agressividade do imperialismo


Depois de cinco meses de intensos bombardeios sobre a Líbia, eis que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pacto militar agressivo a serviço das estratégias de dominação global do imperialismo norte-americano, conseguiu fazer com que as forças da oposição armada vencessem batalhas militares decisivas e ocupassem a capital, deixando o líder do país, Muamar Kadafi, entrincheirado em seu quartel-general. As notícias dão conta de uma encarniçada resistência, mas tudo indica que o país norte-africano caiu nas mãos do chamado Conselho Nacional da Resistência e dos seus patrões da Otan.

À ofensiva militar correspondeu uma propaganda midiática pró-imperialista. Tal como em episódios anteriores em que as grandes potências, principalmente os Estados Unidos, empreenderam guerras contra países soberanos, a mídia preparou o terreno, diabolizando a direção do país, encobrindo cinicamente os verdadeiros objetivos do ataque, que passam anos luz à distância da propalada defesa dos direitos humanos, mas têm tudo a ver com interesses econômicos e geopolíticos das grandes potências imperialistas, especialmente o controle das riquezas naturais, no caso em tela o petróleo. Chama a atenção em particular a posição da mídia brasileira, para a qual o “Brasil ficou do lado errado” e faz pressão para que o nosso país se envolva na aventura belicista imperial.

Não temos dúvidas quanto ao caráter do governo líbio e de sua superação histórica. Muamar Kadafi foi a seu tempo um líder nacionalista e anti-imperialista e, nas condições de profundo atraso econômico-social herdadas do colonialismo, fez louváveis esforços para construir uma nação soberana e dar proteção social a seu povo. Em circunstâncias históricas adversas, a liderança de Kadafi tornou-se caricata, ele próprio fez alianças com o inimigo e seu governo já não reunia condições de defender a independência do país e promover o progresso social.

Embora distantes ideológica e politicamente do governo de Kadafi, condenamos energicamente a agressão de que foi vítima. Às forças de esquerda e revolucionárias não é permitido vacilar quando se trata de tomar posição quanto à ofensiva global do imperialismo para dominar o mundo. É preciso condenar tais planos, em nome da defesa dos interesses dos povos, de seus direitos e da soberania nacional.

A guerra contra a Líbia é reveladora da fragilidade das instituições internacionais e da hipocrisia do discurso sobre o “multilateralismo”, tão caro às potências dominantes quanto falso. Sob esse disfarce, essas potências dão seguimento e concretude aos planos do imperialismo de “democratizar” o mundo árabe e o Oriente Médio. Sob Bush, essa “democratização” deu passos com as guerras ao Iraque e ao Afeganistão, a guerra israelense contra o Líbano e o massacre e tentativa de genocídio contra os palestinos. Agora, sob Obama e os atuais governantes europeus, foi a vez da Líbia. Está claro que a ofensiva prosseguirá contra a Síria e o Irã, países contra os quais também se levanta com desfaçatez a bandeira da democracia e dos “direitos humanos”.

O direito internacional e o verdadeiro multilateralismo têm como pressupostos a independência nacional e a autodeterminação das nações e povos, antíopodas do direito de ingerência, de intervenção e da guerra de agressão.

Tudo isto faz parte de uma brutal ofensiva do imperialismo, o que serve de alerta e desafio às forças de esquerda. Toda e qualquer ilusão quanto à evolução e transformação pacífica do quadro internacional desarma os povos. Cada vez mais é preciso despertar sua consciência anti-imperialista e atuar no sentido de combater os tenebrosos planos de dominação das potências lideradas pelos Estados Unidos.

Editorial do Portal Vermelho

Viva a grande Revolução Socialista de Outubro!


Recomendo a leitura deste artigo do histórico dirigente do PCdoB, João Amazonas, escrito em 1977, publicado pela primeira vez na Europa, por ocasião do 60º aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro. Devido às circunstâncias da época, de vigência da ditadura militar no Brasil, teve pouca divulgação em nosso país. Por conservarem as idéias nele contidas grande atualidade e importância disponibilizo o link:

A guerra da água


Dois recursos são indispensáveis aos seres humanos, não importa como ou onde vivam: água e alimento – sendo que a água é também insubstituível na produção alimentícia. Quando a demanda do "ouro azul" supera a oferta, é quase certo que o resultado seja um conflito.

Por Matthias Von Hein*
Rio Mekong nasce na China e chega ao Vietnã

Em tempos de mudança climática global, um exame do crescimento demográfico e do aumento no consumo de água gera inquietação quanto ao futuro. Sobretudo porque muitos fluxos hídricos atravessam fronteiras nacionais.

O relatório da Unesco para 2003 apresenta números exatos: em todo o mundo, 263 fluxos de água atravessam os territórios de 145 Estados. Eles correspondem a 60% do volume total de água doce disponível no planeta e abastecem 40% da população mundial.

Dezenove rios atravessam mais de cinco nações fronteiriças, e projetos de represas são a principal causa de conflitos entre os países que se encontram no curso superior ou inferior dos rios. Com seu projeto Atatürk, de represar o Rio Eufrates, por exemplo, a Turquia pode literalmente fechar as torneiras da Síria e do Iraque.

Desequilíbrio na África

Num estudo realizado em fevereiro de 2011, o Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP), sediado em Berlim, classifica como de alto risco a situação nos rios Amurdaya e Syrdaya, da Ásia Central, e no Nilo. Um dos autores dessa análise é Tobias von Lossow. Em entrevista à Deutsche Welle, o politólogo apontou para as décadas de conflitos entre o Egito e o Sudão, de um lado, e a Etiópia, do outro:

"Também por razões econômicas, até o momento a Etiópia não podia desenvolver plenamente seu potencial de utilização da água, seja na irrigação agrária, seja na produção de energia. Isso, porém, mudou basicamente com as novas possibilidades de financiamento e o apoio da China nos últimos anos."

O Nilo, rio mais extenso da África, percorre quase 7 mil quilômetros do centro e leste do continente até o Mar Mediterrâneo e atravessa dez países – marcados por uma inegável assimetria na utilização de suas águas.

Divisão desigual

Os Estados localizados no curso superior do rio possuem o maior volume da água diponível, mas é no curso inferior que ela é mais consumida, sobretudo pelo país que menos dispõe do "ouro azul", o Egito. Tal situação está fixada num acordo de 1929, negociado ainda pela Inglaterra, potência colonial na época. Traduzido em termos atuais: o Egito pode usar 66% da água do Rio Nilo, e o Sudão, 18%.

Antes, quando as nações no curso superior do Nilo pouco utilizavam sua riqueza hidrográfica, o potencial de conflito era reduzido. Hoje em dia, contudo, a Etiópia, em especial, mas também Ruanda, Quênia e Uganda querem utilizar o precioso recurso para o próprio desenvolvimento, e pleiteiam novas regras.

O anúncio do governo etíope de que passaria a usar mais a água do Nilo na própria agricultura e na produção de energia já provocou ameaças indiretas de guerra por parte dos egípcios. Consta, por exemplo, que o ex-presidente Anwar Sadat teria declarado: "O único motivo que poderia levar o Egito mais uma vez à guerra seria a água". Até agora, instâncias multilaterais, como a Iniciativa da Bacia do Nilo, tiveram pouco sucesso em harmonizar os diferentes interesses dos países rio acima e rio abaixo.

China x Índia

Na Ásia, por outro lado, o choque é entre duas nações emergentes: China e índia. A China tem uma sede tremenda e abriga as nascentes de alguns dos maiores e mais importantes rios da região, como o Mekong e o Brahmaputra. Pequim planeja gigantescos projetos hídricos, a fim de levar a água do norte até o seco sul. Nesse contexto, a Índia suspeita que a China também esteja desviando água do Himalaia.

Jagarnath Panda é perito em assuntos chineses do Institute of Defense Studies and Analyses, em Nova Deli. Como revelou à Deutsche Welle, ele acredita que a água possa se tornar um problema central entre a Índia e a China. "Os chineses negam em alto e bom som a tese de que planejem desviar água. Mas nós sabemos que eles se ocupam de projetos com esse fim."

Segundo Panda, nos últimos anos, acima de tudo uma coisa mudou: "Em ambos os países, a opinião pública começou a falar do tema 'água'. As pessoas já compreenderam: nem a questão fronteiriça, nem o papel da China ou da Índia em âmbito regional ou global, mas sim a água será o maior problema entre os dois países nos próximos anos".

Rio Mekong nasce na China e passa por Mianmar, Laos, Tailândia e Camboja até chegar ao Vietnam

Guerra quase inútil

De fato, a água é um dos elementos de diversos conflitos. Entretanto, Von Lossow considera distante a possibilidade de haver uma guerra pelos direitos da água, até porque isso seria bastante difícil, do ponto de vista da estratégia militar, a começar por considerações absolutamente práticas:

"Quem bombardeia uma represa fica de frente para a inundação rio abaixo", observa o perito do SWP. Além disso, a água é pesada e tem um valor econômico relativamente baixo, de modo que não se pode transportá-la como diamantes ou petróleo bruto.

Devido a limitações topográficas naturais, para se controlar uma fonte de água seria necessário ocupar todo o território de uma bacia hidrográfica, o que, a longo prazo, assegura o politólogo Tobias von Lossow, seria simplesmente caro demais.

Fonte: Blog do Luís Nassif

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Ex-diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e ex-presidente da União da Juventude Socialista (UJS) de Alagoas. Atual militante e presidente do Comitê Municipal de Maceió do Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
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