domingo, 24 de janeiro de 2016

Para onde vai Maceió

Texto publicado na semana passada no pcdobalagoas.com.br e no Jornal Tribuna Independente. Agora posto aqui no blog:


Em meio a um cenário conturbado da política nacional se aproximam as eleições municipais. O debate sobre as candidaturas aos poucos vai ganhando espaço nos noticiários e nas posições das mais variadas forças políticas com interesse nos rumos da capital alagoana. Nos parece importante elencar algumas considerações.
Primeiro é importante observar que o forte elemento municipal das próximas eleições não exclui os efeitos decorrentes do quadro nacional, pelo contrário, há aqui uma relação que mesmo não sendo determinante precisa ser considerada. Corretamente, o PCdoB tem denunciado como nichos de poder estatal, sob domínio conservador e a serviço dos interesses de parcela da elite financeira, tem provocado a instabilidade institucional e promovido violentos ataques aos interesses da nação e a democracia.
A operação lava-jato há muito desvirtuada para servir como instrumento político, com questionamentos de homens e mulheres respeitáveis no pensamento jurídico, envolve representantes de forças políticas locais. Mais que isso, é preciso considerar o impacto promovido pela violência da informação unilateral imposta à maioria do povo por setores da mídia e da intelectualidade subserviente.
Na luta política em curso essa não é uma questão menor. A defesa do Estado democrático de direito e a denúncia de que o processo de impeachment aberto na Câmara dos Deputados representa um golpe se constituíram em pontos definidores de campos políticos no país. Aliado a essa questão está a necessária perspectiva de retomar o desenvolvimento nacional.
Outra questão a se considerar é que se faz necessário planejar Maceió. Evidentemente essa não é uma questão técnica, ela é essencialmente política. É aqui que se estabelece a perspectiva de um programa que possa unificar forças interessadas no desenvolvimento da cidade. 
Ao chegar aos 200 anos, a capital alagoana necessita de um projeto político que possa impulsionar sua capacidade de desenvolvimento, no sentido amplo, gerando oportunidades de emprego qualificado, dinamizando sua capacidade produtiva e buscando avançar em inovações tecnológicas. Ao tempo em que amplie os serviços públicos com qualidade para toda população.
Em sua Conferência municipal em outubro passado, o PCdoB de Maceió defendeu a unidade das forças democráticas e progressistas de Maceió. Para os comunistas, é fundamental a unidade das forças políticas que em 2014 elegeram o governador Renan Filho, abrindo um novo ciclo político em Alagoas. Essa nos parece ser uma questão de grande dimensão para a batalha eleitoral deste ano.
Esses pontos merecem maior atenção no debate sobre a sucessão na prefeitura, é legitimo que cada partido busque seus interesses e produza sua opinião sobre as eleições, inclusive lançando candidaturas. Mas acreditamos ser urgente pensar na unidade dos que se preocupam com o futuro de nossa nação, estado e especialmente da bela Maceió.

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Ex-diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e ex-presidente da União da Juventude Socialista (UJS) de Alagoas. Atual militante e presidente do Comitê Municipal de Maceió do Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
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