terça-feira, 10 de abril de 2012
A arte da guerra: Task force no Corno de África
18:18
|
Reproduzo
a seguir texto do sitio ODioario.info onde observamos a investida do
imperialismo estadunidense no continente africano. É interessante lembrar que a
China tem aumentado em muito suas relações comerciais e investimentos com
diversos países africanos, acredito que se levarmos em conta a estratégia dos
EUA que mira na contenção do país socialista, podemos entender melhor os “por
quês” dessa investida na África.
Por
Manlio Dinucci
A
intervenção militar dos EUA em África, nomeadamente através do Africom, está
instalada, operacional e age em grande escala. A Task force com base em Djibuti
dispõe de cerca de 3.500 especialistas de forças especiais e de serviços
secretos. E, tal como o colonialismo anterior, utiliza soldados africanos para
defender os interesses do imperialismo.
O Africom
informou que um avião militar dos Estados Unidos se despenhou em Djibuti. Africom
é o Comando África dos EUA, e no seu comunicado informa que o acidente teve
lugar no decurso de um “voo de rotina”. Seria necessário saber-se o que é que
se entende por “rotina”. A aeronave era um U-28, um turbo hélice de fabrico
suíço, utilizado por forças especiais; equipado com os sistemas electrónicos
mais avançados, capaz de levantar e de aterrar em pistas de erva ou de terra
batida, está particularmente adaptado para missões secretas. A bordo do avião
que se despenhou estavam três oficiais do Esquadrão de operações especiais de
Hurlburt (Florida) e um do 25º Esquadrão de informações. Actuavam a partir do
Campo Lemonniers, a principal base militar Africom no continente, sede da Task
force conjunta do Corno de África. Localizada em Djibuti, numa posição
geoestratégica de primeiro plano sobre o estreito de Bab el Mandeb, onde a
costa africana se encontra à distância de uns trinta quilómetros da península
arábica: passagem obrigatória de uma das principais vias de navegação marítima,
em particular para os navios petroleiros que transitam através do Mar Vermelho.
A Task
force com base em Djibuti dispõe de cerca de 3.500 especialistas de forças
especiais e de serviços secretos, incluindo companhias militares privadas,
apoiados por serviços logísticos com cerca de 1.200 funcionários originários de
Djibuti ou de outras regiões. Oficialmente, a sua missão consiste em
“contribuir para a segurança e a estabilidade” na sua vasta “zona operacional”,
que abrange dez países africanos – entre os quais Somália, Etiópia, Eritreia,
Quénia, Tanzania, Uganda, Burundi – e de uma “zona de interesse” da qual fazem
parte outros países africanos (entre os quais Madagáscar, Moçambique, Tchade, Egipto,
Sudão e Congo) bem como o Iémen, embora este se situe na península arábica.
Desconhece-se
qual é o seu funcionamento, uma vez que as suas operações estão a coberto do
segredo de defesa, mas os seus resultados são visíveis. São cada vez mais
frequentes as incursões, sobretudo na Somália e no Iémen, com a participação
também de drones armados Predator, que a CIA instalou no Campo Lemonnier.
Outra
importante tarefa da Task force é o treino de tropas africanas, que são
utilizadas nas operações do Africom. Neste quadro, com um financiamento de 7
milhões de dólares, foi formado e armado um novo batalhão motorizado de
Djibuti, com 850 soldados escolhidos entre a população somali. É a partir daí,
sempre sob a direcção do Africom, que financiou a operação com mais de 50
milhões de dólares, que milhares de soldados têm sido enviados para a Etiópia,
Quénia, Uganda e Burundi. Oficialmente para combater, a pedido do “governo”
somali, o grupo islâmico al-Shabad, que se diz estar ligado a Al Quaeda (o
tentacular monstro mítico descrito como ainda extremamente perigoso, apesar de
ter sido decapitado pela eliminação de Ben Laden). É dessa forma que a Task
force do Corno de África contribui para “desencorajar os conflitos e proteger
os interesses estado-unidenses”. E, para comprovar as nobres motivações da sua
missão, a Task force anuncia que no decurso deste ano a base Lemonnier ficará
equipada com as mais avançadas tecnologias “amigas do meio ambiente”.
“Economizar energia no campo de batalha – garante o secretário da defesa Leon
Panetta – significa economizar dinheiro e vidas humanas”.
28 de Fevereiro de 2012
O
original encontra-se em ilmanifesto.it
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Busca
Perfil
- Naldo
- Ex-diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e ex-presidente da União da Juventude Socialista (UJS) de Alagoas. Atual militante e presidente do Comitê Municipal de Maceió do Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
Recomendados
- PCdoB Alagoas
- Blog do Eduardo Bomfim
- Blog Baião de Dois
- ExtraClasse
- Blog Chico de Assis - Poesia
- Blog do Rafael Cardoso
- Vermelho - A esquerda bem informada
- UJS - União da Juventude Socialista
- Fundação Maurício Grabois
- Site da UBES
- Site da UNE
- CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Arquivo
-
▼
2012
(27)
-
▼
abril
(12)
- O difícil encontro com as feridas da guerra – Dama...
- Apoio dos comunistas a países irmãos!
- Um programa de fato
- Haroldo Lima: É tua a hora, Argentina
- Luciano Rezende: O ludismo agrícola
- Guerra de las Malvinas
- #AraguaiaVive!
- A arte da guerra: Task force no Corno de África
- Abertas as inscriçôes para o III BlogProg
- Abaixo-assinado em defesa do mandato de Prestes
- João Amazonas e a política internacionalista do PCdoB
- Não é possível salvar a indústria sem atacar a esp...
-
▼
abril
(12)
Tecnologia do Blogger.
0 comentários:
Postar um comentário