terça-feira, 23 de agosto de 2011
Guerra à Líbia revela a agressividade do imperialismo
00:48
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Depois de cinco meses de intensos bombardeios sobre a Líbia, eis que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pacto militar agressivo a serviço das estratégias de dominação global do imperialismo norte-americano, conseguiu fazer com que as forças da oposição armada vencessem batalhas militares decisivas e ocupassem a capital, deixando o líder do país, Muamar Kadafi, entrincheirado em seu quartel-general. As notícias dão conta de uma encarniçada resistência, mas tudo indica que o país norte-africano caiu nas mãos do chamado Conselho Nacional da Resistência e dos seus patrões da Otan.
À ofensiva militar correspondeu uma propaganda midiática pró-imperialista. Tal como em episódios anteriores em que as grandes potências, principalmente os Estados Unidos, empreenderam guerras contra países soberanos, a mídia preparou o terreno, diabolizando a direção do país, encobrindo cinicamente os verdadeiros objetivos do ataque, que passam anos luz à distância da propalada defesa dos direitos humanos, mas têm tudo a ver com interesses econômicos e geopolíticos das grandes potências imperialistas, especialmente o controle das riquezas naturais, no caso em tela o petróleo. Chama a atenção em particular a posição da mídia brasileira, para a qual o “Brasil ficou do lado errado” e faz pressão para que o nosso país se envolva na aventura belicista imperial.
Não temos dúvidas quanto ao caráter do governo líbio e de sua superação histórica. Muamar Kadafi foi a seu tempo um líder nacionalista e anti-imperialista e, nas condições de profundo atraso econômico-social herdadas do colonialismo, fez louváveis esforços para construir uma nação soberana e dar proteção social a seu povo. Em circunstâncias históricas adversas, a liderança de Kadafi tornou-se caricata, ele próprio fez alianças com o inimigo e seu governo já não reunia condições de defender a independência do país e promover o progresso social.
Embora distantes ideológica e politicamente do governo de Kadafi, condenamos energicamente a agressão de que foi vítima. Às forças de esquerda e revolucionárias não é permitido vacilar quando se trata de tomar posição quanto à ofensiva global do imperialismo para dominar o mundo. É preciso condenar tais planos, em nome da defesa dos interesses dos povos, de seus direitos e da soberania nacional.
A guerra contra a Líbia é reveladora da fragilidade das instituições internacionais e da hipocrisia do discurso sobre o “multilateralismo”, tão caro às potências dominantes quanto falso. Sob esse disfarce, essas potências dão seguimento e concretude aos planos do imperialismo de “democratizar” o mundo árabe e o Oriente Médio. Sob Bush, essa “democratização” deu passos com as guerras ao Iraque e ao Afeganistão, a guerra israelense contra o Líbano e o massacre e tentativa de genocídio contra os palestinos. Agora, sob Obama e os atuais governantes europeus, foi a vez da Líbia. Está claro que a ofensiva prosseguirá contra a Síria e o Irã, países contra os quais também se levanta com desfaçatez a bandeira da democracia e dos “direitos humanos”.
O direito internacional e o verdadeiro multilateralismo têm como pressupostos a independência nacional e a autodeterminação das nações e povos, antíopodas do direito de ingerência, de intervenção e da guerra de agressão.
Tudo isto faz parte de uma brutal ofensiva do imperialismo, o que serve de alerta e desafio às forças de esquerda. Toda e qualquer ilusão quanto à evolução e transformação pacífica do quadro internacional desarma os povos. Cada vez mais é preciso despertar sua consciência anti-imperialista e atuar no sentido de combater os tenebrosos planos de dominação das potências lideradas pelos Estados Unidos.
À ofensiva militar correspondeu uma propaganda midiática pró-imperialista. Tal como em episódios anteriores em que as grandes potências, principalmente os Estados Unidos, empreenderam guerras contra países soberanos, a mídia preparou o terreno, diabolizando a direção do país, encobrindo cinicamente os verdadeiros objetivos do ataque, que passam anos luz à distância da propalada defesa dos direitos humanos, mas têm tudo a ver com interesses econômicos e geopolíticos das grandes potências imperialistas, especialmente o controle das riquezas naturais, no caso em tela o petróleo. Chama a atenção em particular a posição da mídia brasileira, para a qual o “Brasil ficou do lado errado” e faz pressão para que o nosso país se envolva na aventura belicista imperial.
Não temos dúvidas quanto ao caráter do governo líbio e de sua superação histórica. Muamar Kadafi foi a seu tempo um líder nacionalista e anti-imperialista e, nas condições de profundo atraso econômico-social herdadas do colonialismo, fez louváveis esforços para construir uma nação soberana e dar proteção social a seu povo. Em circunstâncias históricas adversas, a liderança de Kadafi tornou-se caricata, ele próprio fez alianças com o inimigo e seu governo já não reunia condições de defender a independência do país e promover o progresso social.
Embora distantes ideológica e politicamente do governo de Kadafi, condenamos energicamente a agressão de que foi vítima. Às forças de esquerda e revolucionárias não é permitido vacilar quando se trata de tomar posição quanto à ofensiva global do imperialismo para dominar o mundo. É preciso condenar tais planos, em nome da defesa dos interesses dos povos, de seus direitos e da soberania nacional.
A guerra contra a Líbia é reveladora da fragilidade das instituições internacionais e da hipocrisia do discurso sobre o “multilateralismo”, tão caro às potências dominantes quanto falso. Sob esse disfarce, essas potências dão seguimento e concretude aos planos do imperialismo de “democratizar” o mundo árabe e o Oriente Médio. Sob Bush, essa “democratização” deu passos com as guerras ao Iraque e ao Afeganistão, a guerra israelense contra o Líbano e o massacre e tentativa de genocídio contra os palestinos. Agora, sob Obama e os atuais governantes europeus, foi a vez da Líbia. Está claro que a ofensiva prosseguirá contra a Síria e o Irã, países contra os quais também se levanta com desfaçatez a bandeira da democracia e dos “direitos humanos”.
O direito internacional e o verdadeiro multilateralismo têm como pressupostos a independência nacional e a autodeterminação das nações e povos, antíopodas do direito de ingerência, de intervenção e da guerra de agressão.
Tudo isto faz parte de uma brutal ofensiva do imperialismo, o que serve de alerta e desafio às forças de esquerda. Toda e qualquer ilusão quanto à evolução e transformação pacífica do quadro internacional desarma os povos. Cada vez mais é preciso despertar sua consciência anti-imperialista e atuar no sentido de combater os tenebrosos planos de dominação das potências lideradas pelos Estados Unidos.
Editorial do Portal Vermelho
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- Naldo
- Ex-diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e ex-presidente da União da Juventude Socialista (UJS) de Alagoas. Atual militante e presidente do Comitê Municipal de Maceió do Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
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