terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dilma desabafa e coloca "jornalismo" da Folha em seu devido lugar


Ela até que aguentou a pressão por bastante tempo e manteve a serenidade de quem sabe que a batalha eleitoral é um jogo duro. Mas nesta segunda-feira (20), a presidenciável Dilma Rousseff (PT) resolveu desabafar e, numa fala enfática, criticou com veemência o jornal Folha de S. Paulo que vem atacando sua candidatura de forma sistemática com calúnias e matérias manipuladas.

Desde o início da campanha eleitoral, a Folha publica diariamente pesados ataques à candidatura de Dilma, seja nos espaços de opinião ou nos textos jornalísticos. Os ataques são sempre eivados de parcialidade, má-fé e distorções escandalosas com claros objetivos eleitorais.

Dois deles --o da taxa de energia elétrica para pessoas de baixa renda e a denúncia de suposto lobby na Casa Civil, feita por um ex-presidiário-- foram tão absurdamente manipulados e caluniosos que viraram motivo de piadas, desmoralizando a Folha nas redes sociais. Até a ombudsmann do jornal teve que reconhecer que a Folha passou dos limites.

Nesta segunda-feira (20), mais uma matéria da Folha manipulou informações para tentar atacar Dilma. Resgatando episódios que ocorreram há mais de uma década, o jornal tentou estabelecer uma relação entre a empresa Meta Instituto de Pesquisa e Dilma quando a petista foi secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. A Folha "acusa" Dilma de suposto favorecimento à empresa, porém não apresenta qualquer prova e não informa que as contas que a secretaria chefiada por Dilma apresentou foram todas aprovadas. A Folha ainda usa pareceres do TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul) sem citar qual foi a decisão final do tribunal, que foi pela aprovação total das contas geridas pela petista.

Diante do volume crescente de calúnias publicadas pelo diário paulista, a candidata protestou contra a postura “parcial” adotada pelo jornal Folha de S. Paulo. Ela falou sobre o tema durante uma visita ao bairro Alcântara, em São Gonçalo (RJ).

“Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo", afirmou. "Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida", criticou Dilma.

A candidata esclareceu que a contratação da Meta foi por tomada de preços e leu um trecho do parecer do Ministério Público no processo que foi analisado pelo TCE, demonstrando que ela não podia ser responsabilizada pela falta de funcionários na Secretaria de Energia do estado.

“Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé", disse Dilma.

A candidata lamentou que o jornal tenha agido de má fé ao abordar o tema. “Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé.”

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Ex-diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e ex-presidente da União da Juventude Socialista (UJS) de Alagoas. Atual militante e presidente do Comitê Municipal de Maceió do Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
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